sábado, 10 de março de 2007

Enfermeiros ameaçam com greve



O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) ameaçou esta sexta-feira avançar com várias greves caso o ministro da Saúde não resolva a precariedade laboral que o sindicato diz afectar muitos dos profissionais do sector, escreve a Lusa.
«Se o senhor ministro continuar sem resolver os problemas da precariedade é possível que os enfermeiros das várias administrações venham a decretar um dia destes, de forma organizada, várias greves», disse à Lusa o coordenador nacional do sindicato.
De acordo com José Carlos Martins, o Governo de José Sócrates não só não resolveu nenhuma questão relativa aos problemas dos enfermeiros, como ainda agravou algumas, nomeadamente no que diz respeito aos problemas laborais.
Para o coordenador nacional do SEP, os enfermeiros estão confrontados com «duas situações caricatas».
«Não há admissão de enfermeiros para não aumentar a despesa pública, mas temos centenas, se calhar quase um milhar ou dois no desemprego e os poucos que admitem, apesar de serem necessários ao regular funcionamento e estarem a exercer funções permanentes, são admitidos com vinculo precário com contratos individuais de trabalho de seis, oito meses ou um ano, ou contratos a termo certo de três meses», criticou.
No que diz respeito aos dois anos de governação do ministro António de Campos, José Carlos Martins defendeu que tem havido um continuo emagrecimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que os fechos de muitas unidades públicas visam deixar margem de manobra para a abertura de unidades privadas.
Por outro lado, José Carlos Martins desafiou o ministro a fiscalizar as várias maternidades privadas a funcionar no país com a justificação de que apenas uma tem condições para o fazer e que, por isso, António de Campos deveria proceder aos seus encerramentos.


1 comentário:

Blogger de Saúde disse...

Que seja este ano o ano da mudança de uma carreira que ninguém quer ver negociada... OS grupos privados, por razões económicas, o governo ,pelo suposto deficit. Enquanto se aguarda, negociam-se outras carreiras como a dos Professores, no qual se encaixam muitos deputados e media...

Se a greve vier, que seja feita separadamente e que se informe os colegas atempadamente que é pela carreira!