sábado, 17 de março de 2007

Acabou respiração boca a boca


Aplicar o método boca a boca a uma vítima de paragem cárdio-respiratória não ajuda e pode até ser prejudicial. Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pelo Hospital Universitário Surugadai Nihon em Tóquio, Japão, publicado na revista britânica The Lancelet, citado pelo El País.


O estudo revela que as possibilidades de sobreviver a uma paragem cardíaca, fora do hospital, são maiores e resultam em menos sequelas, quando a pessoa que realiza os primeiros socorros, apenas administra compressões cardíacas sobre o peito, sem aplicar a respiração boca a boca. Os investigadores compararam os resultados de quatro mil pacientes adultos, que passaram por uma ressuscitação cardíaca, com e sem recurso à respiração boca a boca, realizada por transeuntes.


Metade recuperam sem sequelas


Em 72 por centro dos casos, as pessoas em redor não fizeram nada para além de alertar os serviços de emergência, 18 por cento fizeram boca a boca e 11 por cento massagens cardíacas.
Dos últimos, mais de metade recuperaram sem sequelas, pelo que os investigadores concluem que a percentagem de pacientes que sobrevivem com uma evolução neurológica favorável é de 22 por cento, quando alguém que observa a situação apenas pratica massagens cardíacas.


Os resultados reduzem-se para metade quando para além das compressões cardíacas é realizado o boca a boca. Esta conclusão, irá mudar os actuais protocolos de actuação em todo o mundo.


1 comentário:

Anónimo disse...

É um estudo polémico. Não deixando de ser um estudo claro. De qualquer modo, à primeira vista, deixar uma vítima em paragem tranquilamente deitada no chão enquanto se chama a equipa de reanimação não me parece ser a melhor opção.
Seria importante também avaliar a eficiência destas pessoas em realizar as compressões e as insuflações. De qualquer modo gostei do tópico. Continuação.