sábado, 3 de fevereiro de 2007

Afinal...quando começa a vida humana?



A conferência sobre «Quando começa a vida» terminou este sábado, em Lisboa, sem consenso quanto à resposta à pergunta e com o bastonár io da Ordem dos Médicos a garantir ser dever destes profissionais «proteger a vida», noticia a agência Lusa.
«Os médicos continuam a defender a vida desde o seu início», afirmou o Bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Pedro Nunes, no encerramento do encontro de dois dias, afirmando que essa definição de início da vida depende da «convicção individual» de cada médico.
Desde sexta-feira, os médicos foram convidados pela Ordem a responder «à pergunta difícil» que é saber quando começa a vida, uma discussão que o bastonário definiu como «uma grande lição de ética».
As posições dividiram-se no painel da tarde, como já acontecera na sexta-feira.
No debate, o médico Gentil Martins defendeu que há vida desde o momento da concepção, da «fusão de cromossomas do óvulo da mãe com o espermatozóide do pai».
Outros médicos, como Ana Aroso, confessaram as suas dúvidas sobre o momento em que é possível determinar o início de uma vida humana.
Houve até um psicólogo, Francisco Vilhena, a dizer que «a vida começa com o desejo de ser pai e ser mãe» e a concluir que «a vida está nos nossos corações».
Apesar de não se tratar de conclusões formais - a Ordem dos Médicos não tomou qualquer posição quer sobre o tema da conferência quer sobre o referendo de 11 de Fevereiro - dois médicos foram convidados a dar a sua «leitura» sobre os dois dias de trabalhos.
António Sarmento, médico do Hospital de São João e presidente da Associação dos Médicos Católicos, sublinhou a posição «mais ou menos consensual» de que «a vida é um continuo» e alertou para os riscos para a saúde psíquica da mulher que pratica o aborto.
Para Rosalvo Almeida, médico neurofisiologista do Porto, haverá sempre «gravidezes indesejadas e indesejáveis», que podem ser «evitadas» numa altura em que «um pequeno grupo de células vivas ainda não é um verdadeiro ser vivo».




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